Porque você deveria assistir Little Voice, a série musical de Sara Bareilles

Foto: TV Insider

Ontem eu tive um momento muito comum em 2020: chorei assistindo a uma série de TV. Mas esse, no caso, foi especial.

Little Voice nasceu de uma música que veio para Sara Bareilles em um sonho, quase como uma declaração do que seria seu primeiro disco: ela estaria ali para escutar aquela pequena voz. Porém, a versão final não entrou no álbum e veio a ganhar vida apenas 15 anos depois como música tema para uma jovem artista encontrando seu caminho.

Na produção musical da AppleTV seguimos Bess King, interpretada pela talentosíssima Brittany Ann O’Grady, uma jovem cantora-compositora de Nova Iorque que luta para realizar seus sonhos enquanto lida com o amor, rejeição e seus próprios problemas familiares.

Brittany e Shalini Bathina em cena como Bess e Prisha

O primeiro ponto que eu preciso fazer aqui é o elenco. Que casting perfeito nessa série, gente! Para além de Brittany, que tem uma das vozes mais bonitas que já ouvi, temos Samuel interpretado por Colton Ryan, que já fez Dear Evan Hansen na Broadway e agora será Connor Murphy na adaptação cinematográfica e Sean Teale como o jovem diretor Ethan. Os dois aparecem como interesses românticos da jovem Bess.

Temos também Kevin Valdez como Louie King, Shalini Bathina como Prisha, Phillip Johnson Richardson como Benny e até mesmo Chuck Cooper, vencedor do Tony de Melhor Ator Coadjuvante em 1997, como Percy King, pai de Bess e Louie.

Kevin Valdez (Louie) e Brittany Ann O’Grady (Bess) em cena

Dentro disso, outro ponto muito legal é o Louie. Para todos nós, fãs da Broadway, ele é a nossa representação. Aficionado pelo mundo do teatro musical, o garoto esbanja camisas e jaquetas de suas produções preferidas como O Fantasma da Ópera, The Who’s Tommy e Dear Evan Hansen.

Ele também aparece realizando o sonho de muitos, fazendo stage-door e indo à BroadwayCon, o maior evento de fãs da indústria teatral nos Estados Unidos. Na história, Louie está no espectro austista e Kevin Valdez, que o interpreta, também.

Colton Ryan, Brittany O’Grady e Phillip Johnson Richardson em cena

É impossível não se apaixonar pelos personagens. Não se envolver com cada conquista de Bess, os dramas de Prisha sendo uma jovem indiana que não consegue se assumir LGBT para os pais, a paixão teatral de Louie, as dificuldades de Percy com a bebida e o dinherio e, principalmente, o romance entre Bess-Samuel-Ethan.

Sendo sincera, para mim nem é um triângulo amoroso porque é muito nítido que a ponta da relação Bess-Ethan se apaga completamente quando o Samuel entra na história. (Off: Gente, sério. O Colton Ryan. Que homem maravilhoso)

Colton Ryan, Sean Teale e Brittany em “Little Voice”

A trilha é totalmente original, composta por Sara Bareilles, que criou a série junto com Jessie Nelson e o diretor J.J. Abrams. As letras e melodias são primorosas e garanto que vão fazer você cantarolar por aí no segundo que acabar cada episódio. Bareilles, inclusive, faz um aparição rápida na produção, assim como Katrina Lenk, que tem um importante papel na história.

Se você ainda não correu para assistir depois dessa review toda, talvez o trailer faça seu coração pular e uma vozinha sussurrar algo positivo no seu ouvido. Garanto que, se você ouvi-la, não vai se decepcionar.

A primeira temporada de Little Voice está disponível na AppleTV. 

Dan Moura

Olá, meu nome é Daniel Moura, mas todo mundo me chama de Dan. Tenho 32 anos, e 10 anos atrás eu criei a Broadway Meme com o intuito de espalhar a palavra do teatro musical no Brasil.

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