BM Review: Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolates

Por Nich Duarte

O teatro voltou com força, e veio com sabor de infância em Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate: O Musical. Sendo um dos espetáculos atingidos em 2020 pela pandemia, ele conseguiu voltar este ano.

O musical produzido pelo Atelier de Cultura junto com Instituto Artium de Cultura traz um enredo já conhecido por toda a família, que faz a gente voltar a ser criança enquanto reencontra Willy Wonka, os Oompa Loompas e toda a mágica que a obra pode oferecer.

Com diversas adaptações já criadas com os cuidados da Warner Bros entre filmes, animações, jogos de videogame, era questão de tempo até que ganhasse versão para os palcos. Estreando em 2013 em West End, em seguida indo para a Broadway e conquistando logo depois o mundo, até chegar a nossa vez de conhecer pessoalmente a fantástica fábrica e também o próprio Willy Wonka.

Inspirado na obra de Roald Dahl, o espetáculo conta a história que todo mundo já conhece: Charlie Bucket, um garoto que vive com a mãe e os avós uma vida cheia de dificuldades, consegue, através de um bilhete dourado numa barra de chocolate, a chance de conhecer a fábrica de chocolates Wonka em companhia do próprio dono. Ele vai junto de quatro outras crianças, que também encontraram o bilhete, e, ao final desse tour, uma delas ganhará um grande prêmio.

Com grandes nomes no elenco, como Cleto Baccic, Sara Sarres e Rodrigo Miallaret, a gente já imagina que a qualidade da peça seja a melhor, mas precisamos destacar que o elenco infantil tem o espetáculo todo pra eles. Tivemos a oportunidade de assistir Felipe Costa interpretando Charlie, mas através da coletiva de imprensa, a presença de Davi Martins e Leonardo Freire mostra que a dinâmica e amizade deles com o elenco principal deixa tudo mais orgânico — assim como a interatividade das outras crianças entre seus personagens e seus pais.

Foto: João Caldas

E como qualquer adaptação, a versão brasileira teve a liberdade para trazer algumas mudanças ao espetáculo, seja se aproximando da história original ou criando uma identidade mais familiar para nossa realidade, sem perder sua essência.

Mesmo sabendo a história de trás para frente, tudo ainda é surpreendente. Seja pelo cenário que mistura projeção com os objetos em cena, figurinos incríveis, coreografias e canções que grudam na cabeça, tudo impressiona a partir do momento que entra em cena.

Vale destacar que no momento atual, a questão de segurança no teatro se adequa ao tempo em que vivemos: os assentos são organizados com distanciamento, álcool em gel à disposição em diversas áreas do teatro, obrigatoriedade do uso de máscara e de apresentar carteira de vacinação na entrada.

Também há entradas separadas para o balcão e plateia e organização da saída por fileiras para diminuir aglomeração. Se seu coração está pedindo por arte, e você estiver vacinado e se sentir confortável, vá com todos os cuidados necessários.

Com mensagens sobre valores e responsabilidade pelos próprios atos, que nos dias atuais tem sido algo tão importante, mas que está fazendo falta, Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate entra em cartaz no Teatro Renault em São Paulo.

Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate está em cartaz em São Paulo; ingressos disponíveis aqui

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