BM escreve: Em ação social, Cella Bartholo revive Carmen Diaz na última sessão de “Fame”

A última sessão de “Fame”, prática de montagem da Incena, foi muito especial por diversos motivos. Além de ser a última sessão da temporada, foi a primeira ação social da Incena, já que o público trocava o ingresso por uma lata de leite em pó. A plateia era composta por ONG’s e instituições parceiras. A iniciativa, que inaugurou o projeto INspira, teve o intuito de ajudar o Instituto Dara, que tem o objetivo de combater a pobreza e promover a inclusão social.

O que tornou a noite ainda mais especial foi Cella Bartholo, que viveu Carmen Diaz, em 2020, e encarnou novamente essa personagem que foi tão importante em sua carreira. Cella, que é diretora artística da Incena, participou ativamente de todo o processo de audições e ensaios, sempre nos bastidores durante toda a temporada. Ela teve somente alguns dias para entrar novamente nessa personagem e nessa história que, graças a direção de Caio Godard, era completamente diferente da que ela havia encenado anos atrás.

Quem pôde assistir a última sessão de “Fame” jamais diria que Cella não esteve naquele papel durante todas as sessões da temporada. É impressionante como Carmen parece que está em seu DNA, e, assim que entra no palco, com as roupas vermelhas, vibrantes, características da personagem, ela mostra que sabe exatamente a que veio e o que é capaz de fazer. Durante todo o espetáculo ela atrai todos os olhares, como um ímã, e é impossível não ficar impactado com os vocais e coreografias.

Ao fim da sessão, Cella se emociona, como atriz, talvez por lembrar de quando viveu a mesma personagem em 2020 e todas as coisas que aconteceram em sua vida de lá pra cá, seja como diretora artística, ou talvez por estar em uma sessão tão importante e tão emblemática para a Incena, visto que era a primeira apresentação com cunho social, com o objetivo de ajudar ONG’s e Instituições parceiras. 

Quem acompanha a Incena sabe que eles procuram de fato democratizar o acesso à arte ao máximo, e podemos ver na prática o quanto prezam por essa área.

A última sessão de qualquer espetáculo já é por si só emocionante. E em se tratando de uma prática de montagem, onde a maioria era estreante, os obstáculos vencidos até ali, mais a roupagem social, deixou a noite ainda mais comovente e colocou a Incena em outro patamar: muito além de uma instituição de ensino e produtora, mas um lugar que realmente visa a arte como meio de transformação.

BM

Autora: Tamiris Pires
Edição e Revisão: Brígida Rodrigues

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