A Incena Casa de Artes e Produções estreia sua mais nova prática de montagem, “Fame – O musical”, obra escrita pelo dramaturgo cubano Jose Fernandes, que já ganhou dezenas de montagens pelo mundo. Dessa vez, a prática, que conta com direção de Caio Godard e direção musical de Laura Visconti e Caio Loureiro, promete trazer um novo olhar para esse clássico da Broadway.

“Fame” acompanha a vida de um grupo de jovens da renomada High School for the Performing Arts, desde a admissão, em 1980, até a formatura, em 1984. Nesses 4 anos vemos as lutas, alegrias, medos, angústias, desilusões, sonhos, garra e superações dos alunos, sentimentos inerentes a todo ser humano – o que automaticamente gera identificação com o público. Por se tratar de uma prática de montagem, ou seja, o elenco é formado por estudantes de uma escola de artes, é quase uma retratação literal da realidade, o que torna tudo ainda mais bonito e simbólico. Outra questão importante na obra, segundo o diretor, é o conflito “ofício versus fama”, sobre àqueles que realmente buscam estudar e se aprofundar na profissão e outros que só querem a fama e o amor do público.

Apesar de “Fame” contar com inúmeras montagens, Godard garante que a Incena traz algo inédito para a história. “Essa montagem é única por vários motivos. Não só pela música, o cenário ou o figurino, mas, principalmente, pela forma de contar. Algumas cenas são bem dramáticas, como no original, mas outras são para cima, divertidas, algo que não é observado em outras montagens”, explica o diretor.

Já o diretor musical Caio Loureiro diz que trouxe modernidade às músicas já conhecidas de “Fame”. “Eu mantive a maior parte do arranjo original para não deixar de exaltar a época que o espetáculo foi feito, mas dei uma modernizada nos arranjos. Nos anos 80, eles usavam muito o piano elétrico, que soa datado, e então achei que seria legal substituir por um piano tradicional”, conta.

Em relação a dança, a prática conta com cerca de 15 números musicais, com coreografias originais, criadas do zero por Cássia Sanches, trazendo referências pontuais às montagens antigas. De acordo com a coreógrafa, o principal objetivo foi emanar em cena a liberdade daquela época. “A década de 80 foi um momento do boom da liberdade. Foi a época em que os pudores foram deixados de lado. Eu trouxe isso para o espetáculo. Não tem essa coisa de ser homem ou mulher. Todo mundo dança, rebola, se solta e desafia o próprio corpo”, diz Cassia.

“Fame – O musical” estreia dia 03 de novembro, no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea. As sessões acontecem aos sábados (20h) e domingos (19h) e vão até 25 de novembro. Ingressos disponíveis no Sympla e no @omusicalfame.

Em cena, atores do curso de “Prática de Montagem”, da In Cena Casa de Artes e Produções, que estreiam nos palcos dia 03 de novembro, no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea. As sessões acontecem aos sábados (20h) e domingos (19h) e vão até 25 de novembro.