“Enfermaria do Riso” é um Programa Interdisciplinar de Formação, Ação e Pesquisa criado em 1998 no Departamento de Interpretação da Escola de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

O programa foi o vencedor na categoria “Energia que vem da gente” do prêmio Shell de Teatro em 2025. Mesmo que a premiação tenha sido de imenso valor e reconhecimento para o programa, a importância da “Enfermaria do Riso” vai muito além.
“O Programa Enfermaria do Riso nasceu do desejo de explorar outros lugares para a atuação cênica, novas combinações entre Teatro e Saúde, a necessidade de (re)encontrar função social e política no fazer artístico”, como eles mesmos definem na publicação que celebra seu prêmio. “Palhaços e palhaças em ambiente hospitalar propondo a experiência do humor através da ação artística. Um riso para transformar, aproximar, fortalecer.”

Muito mais do que definições ou premiações, o impacto da “Enfermaria do Riso” é palpável de tão forte. Existe a frase que todos conhecem: a arte salva. Mas a arte, em um ambiente difícil como um hospital, salva ainda mais. Trazer esperança, sorrisos e alegria em um lugar onde moram dores e tristezas é de um valor inestimável.
Em seu espetáculo mais recente, Cuidado, Frágil!, a “Enfermaria do Riso” encena situações vividas em um hospital e muito mais, de um jeito que somente palhaços seriam capazes de fazer. É lúdico, poético, hilário e emocionante. A mágica da palhaçaria e do teatro automaticamente transporta o público, esteja ele onde estiver, para um outro lugar. Um lugar onde a vida é mais fácil, o riso é solto e a gente simplesmente se deixa levar.

Talvez esse seja o fator inebriante do teatro: por alguns momentos, nos fazer esquecer dos problemas, viajar sem sair da poltrona, ou da cama de hospital. Isso, com palhaços, é elevado a décima potência. E é impossível passar sem ser atravessado.
O fato de iniciativas como o programa “Enfermaria do Riso” serem tão longevas mostra a força motora de quem acredita no poder transformador que a arte tem na vida das pessoas, em todos os contextos. Não se teve notícias de alguém que morreu pelo teatro, mas com certeza, há quem já voltou a viver por ele.

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