Rio Uphill é um musical tipicamente carioca. A trama escrita pela brasileira Juliana Pedroso e pelo americano Matthew Gurren mostra um retrato da Cidade Maravilhosa, com suas belezas e suas mazelas, tudo embalado por ritmos tipicamente brasileiros como funk, samba, rap e forró.
Quem encabeça esse elenco diverso e extremamente talentoso é Carol Botelho, que dá vida a protagonista Júlia, garota simples, moradora do Morro do Sol, e que sonha em se tornar médica. O talento de Carol Botelho é inquestionável: sua capacidade vocal, a forma como se movimenta de maneira firme e leve ao mesmo tempo, o olhar penetrante que passa todas as emoções que a história exige, às vezes sem dizer uma palavra sequer, enchem os olhos do público.
Carol é uma atriz experiente, tanto no teatro, como no audiovisual. Ela sabe dar todas as nuances e tons para a personagem, que passa longe de ser fácil, mas assim como todo bom artista, ela faz parecer que é. Tem no currículo grandes musicais como West Side Story e Alguma Coisa Podre nas temporadas paulistas. Seu último trabalho em terras cariocas foi em Rock In Rio, o musical.
A última vez que Carol pisou como protagonista no Teatro Adolpho Bloch, na Glória, foi em “Brilha La Luna”, um musical com as canções do grupo Rouge, idealizado e escrito por Diego Montez. E hoje, em “Rio Uphill”, é nítido o quanto ela evoluiu como artista, preenchendo e iluminando o palco toda vez que entra em cena.
A escolha do diretor Gustavo Barchilon em ter Carol Botelho como protagonista não poderia ter sido mais acertada. Além de ser uma artista completa, poucas pessoas conseguiriam passar a beleza e a energia carioca com tanto louvor.
Rio Uphill está em cartaz até o dia 17 de novembro, no Teatro Adolpho Bloch.
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